terça-feira, 29 de novembro de 2011

A DIVERSÃO NÃO É GARANTIDA.

A minha missão hoje é informar e alertar aos desavisados, algumas pérolas em cartaz nos nossos cinemas. Como cinéfilo e não crítico, a intenção é apenas comentar e não julgar, ainda que a máxima: bom gosto é algo difícil para chegarmos a uma conclusão, ( o termo popular não cabe nesta coluna).

Começamos com Vampiros e Lobisomens em "Amanhecer parte I". Fiel ao livro onde nada acontece, foi dividido em nome das gordas bilheterias dos anteriores. Um beijinho aqui, uma insinuação de sexo ali e Bella, a protagonista fica grávida do vampiro Edward! UAU! O diretor Bill Condon que nos colocou dentro do universo da Black Music em "Dreamgirls", deve estar com as contas atrasadas. O filme é arrastado e usa como desculpa os sentimentos dos personagens centrais: dúvidas, amor não correspondido, culpa e o mais forte de todos, o sentimento materno, parei! 4 Milhões de pagantes já garantiram até agora o sucesso da franquia.


Em "O Zelador animal" o diretor Frank Coraci, quem???? Apresenta um "Dr. Doolitlle" diferente. Kevin James deixou para trás os papéis de coadjuvante, mas precisa selecionar melhor seus trabalhos. Desta vez ele é um zelador adorado por todos no Zoo onde trabalha, inclusive pelos animais... não é lindo? Quando ele acorda para a sua inexistente vida amorosa, decide abandonar o trabalho, então os bichinhos entram em cena, falando... (olha que inédito?) Para ajudá-lo a conquistar a mulher amada. Pelo menos algumas piadinhas funcionam, pelo esforço do protagonista, mas a dublagem, sem comentários.

Sempre deixando o melhor para o final, "Assalto em dose dupla". O que seria interessante ao confrontar duas gangs tentando assaltar o mesmo banco e um cliente interferindo após um misterioso assassinato, vira um monte de referências a Agatha Christie e Sir Arthur Conan Doyle sem nexo, graça ou sentido. Patrick Dempsey e Ashley Judd, os protagonistas já viveram dias melhores na tela grande. O diretor é Rob Minkoff, de "Stuart Little" e "O Rei Leão", obviamente ele deve voltar imediatamente ao comando dos bichos, ou talvez aprender com Sidney Lumet de "Um Dia de Cão" como se faz um filme crítico, engraçado e ao mesmo tempo cruel, quando o assunto é assalto a bancos. A propósito se alguém encontrar o fio da meada daquele emaranhado de situações ridículas, esqueça! Acho pouco provável dedicar-se a tão sonolenta façanha.

                                                                   Jorge Ricardo.

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