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| Foto Divulgação |
Uma febre passageira? Uma marca? Um estilo? Bom... pelo que parece esses rótulos não importam para tamanho sucesso que este paranaense tem feito! Com a música "Ai Se Eu Te Pego", Michel Teló tem estado nas paradas de sucesso, arrastando multidões aos principais palcos do país. O hit ingressou na lista das 40 mais tocadas em todo o planeta, elaboradada semanalmente pela United World Chart. O ranking é formado pelas faixas que foram mais executadas e baixadas legalmente, em todo o globo. Já teve cerca de 50 milhoes de visualizações no Youtube. Não tem jeito! está na boca do povo e hoje já é a segunda canção mas baixada na Espanha.
Por Rosana Cidade
O Arena Global, trás para os nossos amigos e leitores, trechos de uma análise feita por Edmar Bulla, consultor e diretor executivo da CROMA Marketing Solutions, publicada no PROXXIMA. Acesse abaixo, faça uma boa leitura e assista o vídeo!
Assim como
cowboy do mundo de Marlboro, Michel Teló representa, na capa da revista
Época, um fenômeno como “segurar o Tchan”, “Stefhany Absoluta” ou
celebridades tipo Big Brother, sejam eles efêmeros ou não. Na Europa,
hoje, Michel Teló também é sinônimo de Brasil, quer você queira ou não.
O
fato em si não está na pessoa, mas no conceito que ela representa.
Michel Teló não é mais uma pessoa, mas uma marca, plena de seus
atributos, muito bem definidos, no imaginário popular. Ivete Sangalo,
Xuxa, Luan Santana, Sandy & Junior... Todos são marcas. Assim como o
ex-presidente Lula é uma marca dotada dos mais fortes atributos, que
mantém, até hoje, bastante elevados os seus índices de consideração,
preferência, recompra e fidelidade. E porque não dizer como o Brasil,
que é uma marca que vem conquistando lugares bem mais ensolarados e de
prestígio.
O Brasil, meu caro leitor, é muito vasto
para termos a pretensão de falar a mesma língua para todos os nossos
povos. Por isso, defendo que marcas precisam de autonomia para adequar
sua comunicação em função de sua cultura regional, porque
relacionamentos são feitos localmente, por mais que a Globo pense o
contrário!
Dizer que Michel Teló não faz parte e não representa
também, neste momento, a cultura brasileira, é ser tão puritano quanto
os católicos que queimaram bruxas há anos. Seja Gretchen, Legião Urbana
ou Michel Teló, todos fazem parte do nosso código cultural. Ignorar isso
é atestar a própria ignorância, bairrismo, regionalismo ou, pra ser
mais direto, isso é puro preconceito! Posso não gostar de Michel Teló,
mas confesso que tenho ouvido incansavelmente o "ai, se eu te pego" por
aí. Então, aproveite o bom momento da música para tirar algum proveito
dela. Afinal de contas, lá no fundo, bem que você gostaria que sua marca
ou o presidente da sua empresa estivessem estampando a capa da revista
Época, não é verdade?
Muita gente que está criticando a atitude da
revista Época age instintivamente por puro despeito, porque não se pode
negar que Michel Teló desfruta, hoje, de uma posição muito privilegiada e
invejada em termos de saúde de marca, algo que milhões em comunicação,
por anos, não conseguiu resolver para um grande punhado de marcas.
Se as pessoas se engajaram com o Michel Teló, certamente existe algo
interessante para ser observado nesse fenômeno. Para se ter uma noção do
sucesso, dias depois do cantor lançar a versão em Inglês “Oh, If I
Catch You“ do seu mais novo hit, a música passou a ocupar o topo das
paradas do iTunes em muitos países europeus, ultrapassando artistas como
Coldplay e Adele. Outro fato importante é que a música também se
engajou com um código cultural muito forte no mundo: o futebol! Não me
refiro somente ao vídeo do Neymar fazendo a dancinha no vestiário (que
está bombando no YouTube), mas também aos jogadores brasileiros, na
Europa, que começaram a imitar a mesma coreografia depois dos seus gols.
A marca Michel Teló emprestou um código cultural para lançar um sucesso
sertanejo, que emprestou outro código cultural – o futebol – para se
alastrar entre marcas fortes – os jogadores – que dão e emprestam sua
imagem mutuamente. É uma cadeia alimentar mercadológica perfeita.
Talvez você esteja se pergutando agora: o que devo fazer para ter sucesso na minha comunicação, assim como o Michel Teló fez com o seu “Ai, se eu te pego”? E devolvo esta pergunta com outras quatro e gostaria que você fizesse o exercício de, todas as vezes que pensar em propaganda, aplicar este questionário simples, já que não podemos pensar em sucesso “por acaso”:
1. Nesta mensagem que quero comunicar, compartilho um interesse real com as pessoas?
2. A proposta tem relevância cultural?
3. Estou sendo útil para as pessoas?
4. Estou atuando no meu core business?
Se as respostas forem todas afirmativas, vá em frente. As chances das pessoas se engajarem, de fato, com a comunicação que você propõe, tendem a ser bem altas. Se no seu score final já consta apenas um não, volte ao briefing e acredite: a grande ideia está explícita no comportamento do seu consumidor, bem na frente do seu nariz e ela é mais simples do que você imaginava. Ai, se ela te pega!
Talvez você esteja se pergutando agora: o que devo fazer para ter sucesso na minha comunicação, assim como o Michel Teló fez com o seu “Ai, se eu te pego”? E devolvo esta pergunta com outras quatro e gostaria que você fizesse o exercício de, todas as vezes que pensar em propaganda, aplicar este questionário simples, já que não podemos pensar em sucesso “por acaso”:
1. Nesta mensagem que quero comunicar, compartilho um interesse real com as pessoas?
2. A proposta tem relevância cultural?
3. Estou sendo útil para as pessoas?
4. Estou atuando no meu core business?
Se as respostas forem todas afirmativas, vá em frente. As chances das pessoas se engajarem, de fato, com a comunicação que você propõe, tendem a ser bem altas. Se no seu score final já consta apenas um não, volte ao briefing e acredite: a grande ideia está explícita no comportamento do seu consumidor, bem na frente do seu nariz e ela é mais simples do que você imaginava. Ai, se ela te pega!
Por Rosana Cidade
Fonte: Proxxima

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