quinta-feira, 16 de junho de 2011

ADAPTAR COM QUALIDADE OU NÃO: EIS A QUESTÃO!

Falou-se durante muito tempo em linguagem cinematográfica. Simples assim: roteiro, captação, filmagem e com muita sorte, uma boa bilheteria coroando o processo. Então chegaram as adaptações, inúmeras, por sinal. "Primo Basílio" foi um produto maravilhoso, formato mini série com Marília Pêra,Giulia Gam,Tony Ramos e Marcos Paulo. Daniel Filho levou para o cinema e o resultado ficou aquém, mesmo com o talento de Glória Pires e Fábio Assunção. O Auto da Compadecida, espertamente compactou o seriado e foi um sucesso de bilheteria. Vieram outros e agora a mistura tv, teatro e cinema está cada vez maior. Divã confirmou o talento de Lília Cabral e levou milhares de pessoas ao teatro, depois ao cinema e inversamente para a tv, padronizando um estilo que está dando cada vez mais certo. O de não ter padrão! Parece brincadeira mas está valendo tudo! A Mulher Invisível é um filme espetacular, sensual, engraçado e agora está na tv... bem... não está tudo isso, mas quem sabe deixa de girar sobre o mesmo assunto e decola? O importante não é a origem do projeto, mas a qualidade em transpor para o veículo em questão. Não consigo imaginar "Chico Xavier" virando seriado, mas tudo é possível e os critérios importantes estão ficando de lado. "Qualquer gato Vira-lata" estreou esta semana. O texto de  Juca de Oliveira, sucesso no teatro e agora no cinema, continua uma peça filmada. Funcionou como peça "Qualquer gato Vira-lata tem uma vida sexual mais ativa do que a nossa", na telona Cléo Pires,Malvino Salvador e Dudu Azevedo fazem o que podem com os clichês datados de professor Machão, Namorada enganada e cafajeste que já estamos cansados de ver todos os dias. Enfim... vale uma primeira sessão, sem compromisso. Que venham muitos outros: aliás, "Minha mãe é uma peça" já está a caminho, que tenha mais sorte e venha para fortalecer esta combinação tão interessante, misturando, inovando, apostando e provando que é possível o espaço para todos os formatos, sem perder a qualidade.

                                                                                                                              Jorge Ricardo.

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