Numa viagem ao interior da Índia, Myshkin Ingawale viu uma mulher
morrendo de anemia durante o parto. A cena chamou a atenção dele:
anemia, afinal, é uma doença facilmente diagnosticável. O problema é que
fácil não quer dizer barato. Uma máquina capaz de fazer os diagnósticos
pode custar 10 mil dólares. E exige um profissional de saúde treinado
para operá-la. O vilarejo de Parol não tinha nem um nem o outro.
Foto: Divulgação |
Ingawale então encampou a missão de levar os testes de anemia a todos
os habitantes do planeta. Para isso, precisava de uma solução que,
necessariamente, atendesse duas demandas: custar pouco e poder ser
operada por qualquer um. Ou seja: não poderia ter agulhas, porque a
picada não só diminui o interesse dos pacientes pelo teste, mas aumenta a
necessidade de qualificação de quem a aplica.
No final do ano passado Ingawale tinha um protótipo em mãos – o ToucHB.
E hoje ele apresentou a ideia no TED. Uma máquina do tamanho de um
tablet e que funciona com duas pilhas AA. Mais do que isso: sem picada.
No lugar da agulha há um feixe de luz. Basta lançá-lo de um lado do
dedo, monitorar como ele o atravessa e medir sua intensidade ao chegar
na outra ponta. Com esses dados é possivel determinar o batimento
cardíaco, a quantidade de hemoglobinas e a saturação de oxigênio no
sangue. O suficiente para fazer um diagnóstico de anemia. E, quem sabe, o
embrião do exame de sangue sem picada de agulha.
TED = de hoje até o dia 02/março estará acontecendo em Long Beach, nos Estados Unidos, uma "feira" para disseminar boas idéias.
Por Rosana Cidade
Fonte: Revista Superinteressante
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